MICROFISIOTERAPIA é uma técnica de terapia manual (portanto não utiliza equipamentos), que busca no corpo traços deixados pela agressão ou pelo distúrbio responsável pelo(s) sintoma(s) do paciente. Isso é realizado por meio de um toque muito sutil, chamado micropalpação.

 

O objetivo desta técnica é acionar o mecanismo de reparo, onde o fisioterapeuta deve reinformar o corpo relacionando a origem da disfunção (traço ou “marca” preservado pelo corpo, como uma memória) com a patologia resultante. Consiste em identificar a causa primária de uma doença ou sintoma e estimular a autorregulação do organismo, para que o corpo reconheça o agressor (antígeno) e inicie o processo de eliminação através da reprogramação celular e tecidual.

Todo ser vivo é capaz de fazer por e para ele mesmo, a autogestão e autocorreção de lesões ou disfunções, que é a base da cicatrização ou da imunologia. Isso se chama AUTOPOIESE, que significa “faculdade de fazer algo por ele mesmo”. Esta capacidade permite ao nosso corpo, em caso de perturbações internas ou em caso de agressões externas, de produzir uma resposta adaptada e regular as diferentes funções do organismo! Isso pode funcionar de diversas formas como: cicatrizar uma ferida, consolidar uma fratura, destruir um agente infeccioso, eliminar um produto tóxico, recuperar-se de um evento estressante intenso, etc.

 

Qualquer evento (físico, tóxico, químico ou emocional), que afete o corpo, é considerado uma agressão e poderá causar algum sintoma (físico ou emocional).

Essa agressão deixa traços, rastros ou marcas (cicatrizes) que atrapalham o funcionamento das células e tecidos, e estes ficam armazenados na memória celular ou tecidual, por uma deficiência na eliminação do corpo-mente junto ao agressor.

 

Quando a agressão é muito forte ou acontece que forma inesperada (ou o corpo simplesmente recusa essas agressões), o corpo não reconhece o agente agressor e a capacidade de autopoiese não se manifesta, e, então, as doenças se instalam.

 

Nestes casos, a cura fica incompleta e o organismo conserva a marca ou rastro do traumatismo. Ocorre, então, a formação de uma CICATRIZ PATOGÊNICA.

 

Inicialmente, por haver um incômodo residual, ou até imperceptível, porém essa pode ser a causa de um desequilíbrio funcional que poderá levar a alguma doença.

 

Na MICROFISIOTERAPIA, buscamos essa cicatriz e reinformamos o corpo sobre o agressor, de forma sutil, para que o corpo o reconheça e inicie o seu processo de reparação! 

 

Segundo Daniel Grosjean, um dos criadores, a MICROFISIOTERAPIA, parte do interior, ou seja, identifica o motivo que dificulta a eliminação do problema. “Nós consideramos que os sintomas aparecem quando o mecanismo de autorreparação não está funcionando, o que não quer dizer que ele não exista, apenas não foi acionado. Para isso devemos respeitar alguns mecanismos fisiológicos. O corpo só pode desencadear uma reparação quando ele identifica a agressão, em outras palavras, o corpo só fabrica anticorpos quando identifica os antígenos. Com a micro, somos capazes de identificar, com as nossas mãos, no corpo do paciente, esses vestígios/ as marcas que um dado acontecimento deixou e então desencadear o processo de reparação.”

 

É uma ação extremamente delicada, que nos permite trabalhar por similitude, assim como a homeopatia.

 

Em ambos os casos, não é o terapeuta que corrige, ele apenas informa ao corpo, e o corpo desencadeia a reparação.

 

É uma técnica aplicável em todas as necessidades, com objetivo de tratamento ou prevenção.